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Operação mira facção que lavou R$ 8 milhões em imóveis de luxo em SC

Grupo criminoso de Porto Alegre utilizava litoral catarinense para ocultar recursos do tráfico de drogas

Por: Redação
03/07/2025 às 10h14
Operação mira facção que lavou R$ 8 milhões em imóveis de luxo em SC

Uma operação policial de grande envergadura está investigando um esquema sofisticado de lavagem de dinheiro que movimentou aproximadamente R$ 8 milhões nos últimos três anos. A facção criminosa, com base na zona sul de Porto Alegre, utilizava a aquisição de imóveis de alto padrão no litoral de Santa Catarina para ocultar recursos provenientes do tráfico de drogas.

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O patrimônio identificado pelas autoridades impressiona pelo valor e localização estratégica. No Caixa d'Aço, em Porto Belo, o grupo adquiriu uma pousada à beira-mar avaliada em R$ 5 milhões e uma residência de luxo na mesma região, orçada em R$ 3 milhões. Além dos imóveis, a organização criminosa também teria investido na compra de uma empresa local, conforme revelou a jornalista Letícia Mendes, do Zero Hora.

A complexa investigação está sendo conduzida pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e representa um dos maiores esforços já realizados para desmantelar uma rede de lavagem de capitais na região. A operação mobilizou recursos em dois estados, com o cumprimento simultâneo de 143 ordens judiciais.

No Rio Grande do Sul, as ações se concentraram em Porto Alegre, Gravataí, Capão da Canoa e Tramandaí, enquanto em Santa Catarina os alvos foram as cidades de Camboriú, Palhoça e Porto Belo. A escolha desses municípios não foi casual, representando tanto a base operacional do grupo quanto os locais onde os recursos ilícitos foram investidos.

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A estratégia policial focou no estrangulamento financeiro da organização criminosa. Foram cumpridos 38 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de cinco imóveis considerados estratégicos para o esquema. A Justiça também determinou a restrição de oito veículos utilizados pelo grupo e o bloqueio de contas bancárias vinculadas aos investigados.

Para mapear completamente a movimentação financeira suspeita, as autoridades obtiveram autorização para quebra de sigilos fiscal e bancário dos envolvidos. A medida visa identificar outras transações que possam estar relacionadas ao esquema de lavagem de dinheiro e ampliar o entendimento sobre a estrutura financeira da facção.

A operação representa um golpe significativo na capacidade operacional do grupo criminoso, que agora terá seus recursos bloqueados e sua estrutura de lavagem de capitais comprometida. As investigações continuam para identificar outros possíveis envolvidos e recuperar recursos que possam ter sido ocultados através de diferentes mecanismos financeiros.

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