O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) deflagrou na manhã desta sexta-feira (27) a Operação Expurgo, que resultou na prisão em flagrante de quatro pessoas suspeitas de armazenar material de abuso sexual infantojuvenil. As detenções ocorreram em Timbó (duas), Indaial (uma) e Camboriú (uma).
A operação cumpriu simultaneamente dez mandados de busca e apreensão nas cidades catarinenses de Camboriú, Brusque, Indaial, Timbó, Joinville e também em Ubatuba, no interior de São Paulo. Os mandados foram expedidos pelas Varas Regionais de Garantias das Comarcas de Balneário Camboriú, Blumenau, Itajaí, Joinville, além da Vara da Infância e Juventude da Comarca de Palhoça.
Cooperação internacional
A investigação foi conduzida pelo CyberGAECO, braço especializado do GAECO para crimes virtuais, e contou com apoio técnico da Polícia Científica de Santa Catarina. A operação também teve colaboração internacional da Agência de Investigação Interna dos Estados Unidos (Homeland Security Investigations - HSI), da Embaixada americana e da Polícia Federal, por meio da Coordenação de Repressão a Crimes Cibernéticos relacionados ao abuso sexual infantil.
A ação envolveu sete promotorias de Justiça de diferentes comarcas: 3ª de Camboriú, 1ª de Indaial, 2ª de Timbó, 3ª de Brusque, 5ª de Joinville, 1ª e 10ª de Palhoça.
Combate ao crime virtual
Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), a operação teve como objetivo identificar criminosos que atuam principalmente na internet no armazenamento de material de abuso sexual infantojuvenil, utilizando ferramentas tecnológicas avançadas. O órgão ressalta que "quem hoje armazena, amanhã pode se tornar um abusador".
Durante o cumprimento dos mandados, foi confirmado o armazenamento de conteúdo ilícito, corroborando as suspeitas das investigações preliminares. O material apreendido será periciado pela Polícia Científica para preservar a cadeia de custódia das evidências.
Investigações sob sigilo
As investigações tramitam sob sigilo judicial. Novas informações poderão ser divulgadas após a publicidade dos autos processuais. O nome "Expurgo" foi escolhido para transmitir uma mensagem de "limpeza profunda e erradicação total", segundo o MPSC, refletindo a intolerância das autoridades contra crimes dessa natureza.
O GAECO é uma força-tarefa composta pelo Ministério Público de Santa Catarina, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal, Receita Estadual e Corpo de Bombeiros Militar, com foco na identificação, prevenção e repressão às organizações criminosas.