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Brusque é primeira cidade do Brasil a exigir curso obrigatório para condutores de patinetes e scooters elétricos

Novo decreto municipal estabelece idade mínima de 16 anos e capacitação de 12 horas para uso de equipamentos autopropelidos

Por: Redação
11/06/2025 às 19h33
Brusque é primeira cidade do Brasil a exigir curso obrigatório para condutores de patinetes e scooters elétricos

A Prefeitura de Brusque publicou na sexta-feira (6) um decreto municipal que torna a cidade pioneira no país ao estabelecer curso obrigatório para condutores de patinetes elétricos e scooters elétricas. A medida define idade mínima de 16 anos e exige capacitação teórica e prática para o uso desses equipamentos nas vias públicas.

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A regulamentação surge em resposta à ausência de critérios claros do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) para esses veículos. "Da forma como está, crianças de 7, 8, 9 e até 10 anos podem circular em vias públicas com patinetes e scooters elétricas, o que consideramos não apenas irrazoável, mas também extremamente perigoso", afirmou o secretário de Trânsito e Mobilidade de Brusque, Emerson Luiz Andrade.

O curso terá duração total de 12 horas, divididas em oito horas teóricas na sede da Secretaria de Trânsito e Mobilidade (Setram) e quatro horas práticas nos pátios dos Centros de Formação de Condutores (CFCs) da cidade. O conteúdo abrangerá desde noções básicas de legislação de trânsito até técnicas de pilotagem, frenagem e manobras.

Ao concluir a capacitação, os participantes receberão a Autorização para Conduzir Autopropelido (ACA), documento oficial que será cadastrado no órgão de trânsito municipal. Para menores de 18 anos, os dados dos responsáveis legais também constarão na credencial.

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As primeiras turmas estão programadas para os dias 24 e 25 de junho (manhã) e 25 e 26 de junho (noite), no auditório da Setram. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pelo Instagram oficial da secretaria (@setrambrusque).

Novas regras de circulação

O decreto também estabelece normas específicas para o uso dos equipamentos. A velocidade máxima permitida será de 32 km/h em vias urbanas e 20 km/h em ciclovias e passeios compartilhados. O uso de capacete tornou-se obrigatório tanto para condutores quanto passageiros, sendo aceito o modelo ciclístico como padrão mínimo.

Outra exigência é manter a luz dianteira acesa durante todo o tempo de circulação para melhorar a visibilidade. Os equipamentos devem sempre trafegar no sentido da via.

A Setram também estuda a implementação de sinalização horizontal específica em vias que não possuem ciclofaixas, visando melhorar a convivência entre automóveis, motocicletas, ônibus, caminhões e os equipamentos autopropelidos.

Processo participativo

A nova regulamentação foi desenvolvida através de um processo participativo que incluiu audiência pública e o 2º Seminário de Trânsito de Brusque, reunindo autoridades, especialistas e a comunidade local.

Paralelamente, a cidade protocolou junto à Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) um ofício solicitando revisão da Resolução Contran nº 996/2023, buscando legislação mais adequada à realidade dos municípios brasileiros.

"Ao exigir formação adequada e oferecer estrutura para isso, Brusque reafirma seu compromisso com a segurança viária e inaugura um novo capítulo na mobilidade urbana brasileira", destacou o secretário Emerson Luiz Andrade. "Esperamos que outras cidades sigam esse caminho, pois trânsito seguro se constrói com educação."

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