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Três réus são condenados a até 27 anos pela morte de Edinei da Maia

Júri reconheceu homicídio qualificado no assassinato do empresário brusquense; esposa da vítima ainda será julgada

Por: Redação
07/06/2025 às 10h20 Atualizada em 09/06/2025 às 08h10
Três réus são condenados a até 27 anos pela morte de Edinei da Maia

Três dos sete envolvidos no assassinato do empresário brusquense Edinei da Maia foram condenados na madrugada deste sábado (7), no primeiro julgamento do chamado "Caso Viúva Negra". O júri encerrou os trabalhos às 2h13 e determinou penas de prisão que variam entre 26 e 27 anos.

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Júlio Cezar Durgo Sothe, conhecido como Montanha, foi condenado a 27 anos de reclusão. O tribunal reconheceu seu relacionamento extraconjugal com Elisa, esposa da vítima, como motivação do crime. Robson de Amorim, o "Grilo", recebeu a mesma pena de 27 anos. Já Kauê Hans Becker foi sentenciado a 26 anos de prisão.

Todos os condenados tiveram a prisão mantida e iniciarão o cumprimento da pena em regime fechado. O direito de recorrer em liberdade foi negado pelo juízo. Elisa e outros três envolvidos no crime serão julgados em data ainda não definida.

O crime que chocou a região

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O empresário Edinei da Maia desapareceu em 2024 após sair de casa supostamente para orçar um túmulo em Vidal Ramos. O que inicialmente foi tratado como desaparecimento revelou-se um homicídio premeditado.

Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), a vítima foi atraída para uma emboscada em Vidal Ramos, onde foi ameaçada com arma de fogo, amarrada e colocada no porta-malas de seu próprio veículo. Posteriormente, foi transferida para outro carro e levada até uma área de mata entre Brusque e Canelinha, onde uma cova já havia sido preparada dias antes.

No local do crime, Edinei foi brutalmente agredido na cabeça e no tórax antes de ser morto e enterrado. O corpo foi localizado quase três meses depois, em 15 de junho de 2024, em avançado estado de decomposição, o que impossibilitou a determinação exata da causa da morte.

Motivação e planejamento

A acusação sustenta que o crime foi motivado por um relacionamento extraconjugal entre a esposa da vítima e um dos réus. Com o apoio de cinco comparsas, o grupo teria planejado meticulosamente a execução, incluindo a preparação antecipada do local onde o corpo seria ocultado.

A esposa da vítima, que ainda aguarda julgamento, foi pronunciada por homicídio qualificado com as qualificadoras de motivo torpe, emboscada e surpresa, além de ocultação de cadáver e porte ilegal de arma de fogo.

O caso, que ganhou repercussão regional pelo planejamento detalhado e pela brutalidade, representa um dos crimes mais chocantes registrados na região nos últimos anos.

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