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Caso Rodolfo Potiguar: notas divergentes explicam saída do atleta do Brusque FC

Clube afirma que jogador não aceitou regularizar vínculo trabalhista, enquanto advogado alega dívidas não pagas desde 2020

Por: Redação
12/04/2025 às 11h29
Caso Rodolfo Potiguar: notas divergentes explicam saída do atleta do Brusque FC
Foto: Lucas Cardoso / BFC

Uma disputa pública entre o Brusque Futebol Clube e o volante Rodolfo Potiguar ganhou as redes sociais após a divulgação de notas conflitantes sobre a saída do atleta do quadricolor catarinense. Na noite de ontem (11), o clube emitiu comunicado oficial explicando a rescisão contratual do jogador, que foi rapidamente contestada pelo advogado do atleta.

Na nota divulgada pelo Brusque FC, o clube informa ter recebido com surpresa a rescisão contratual via liminar judicial de Rodolfo Potiguar, que possuía vínculo até outubro de 2025. Segundo o comunicado, o clube ofereceu novos contratos de trabalho aos jogadores para "criar uma segurança trabalhista e fiscal", mas afirma que "por razões não claras", Potiguar "nunca aceitou regularizar o seu novo vínculo trabalhista".

"Desta forma, e consciente das suas responsabilidades como empregador, o Brusque F.C. tentou, até o último momento, convencê-lo que esta regularização era necessária e que não poderíamos compactuar com qualquer forma de contratação que pudesse, eventualmente, implicar em ilegalidade", diz o texto assinado pela Diretoria Executiva do clube.

Em resposta, o advogado Filipe Rino, que representa o jogador, publicou uma contestação detalhada em suas redes sociais. (veja abaixo). Segundo ele, o problema não foi a recusa em assinar um novo contrato, mas sim a exigência do clube para que Potiguar assinasse um termo de quitação sem receber valores atrasados.

"Rodolfo se negou a assinar o TERMO DE QUITAÇÃO que o clube exigia a assinatura. E, o clube exigia a assinatura dos dois documentos. Se o Rodolfo não assinasse o TERMO DE QUITAÇÃO, não assinaria o novo Contrato", explicou o advogado.

De acordo com Filipe Rino, os valores pendentes remontam a 2020 e incluem: "13º Salário de 2020, 2021, 2022, 2023 e 2024, Férias de 2019/20, 2020/21, 2021/22, 2022/23 e 2023/24, 50 meses (isso mesmo, 50 meses) sem depósitos do FGTS, 6 meses de Direito de Imagem (desde Setembro), 6 meses de Auxílio Moradia (desde Setembro), 4 meses de Salário (desde Novembro)". Além disso, a postagem afirma que "até a premiação pelo acesso de 2023 ainda não foi paga".

O advogado afirma ter tentado negociar com a nova diretoria do Brusque por mais de 30 dias, mas encontrou intransigência por parte do clube, que insistia na assinatura do termo de quitação junto com o novo contrato.

"E não podemos jamais nos esquecer que o atleta de futebol, o ídolo, também tem uma família em casa, também precisa prover o sustento de seus filhos e colocar comida na mesa", finaliza a nota do defensor.

O caso Rodolfo Potiguar ocorre em um momento de transformação no Brusque FC, que recentemente foi convertido em SAF (Sociedade Anônima do Futebol) após ser adquirido pelo empresário Rubens Takano Parreira. O volante era um dos principais nomes do elenco quadricolor, tendo atuado pelo clube por quase seis anos.

Nota divulgada pelo Brusque FC (Reprodução / Instagram)
Nota do advogado Filipe Rino, que representa o jogador Rodolfo Potiguar

 

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