O pai que desapareceu com a filha de 8 anos há aproximadamente 15 dias se entregou às autoridades nesta quinta-feira (20), conforme informação divulgada pela Polícia Civil de Santa Catarina. A criança também foi conduzida à delegacia e, segundo o delegado Bruno Fernando Alves de Oliveira, encontra-se bem.

Anderson Rafael Hasse se apresentou na cidade do Rio de Janeiro, mas a Polícia Civil não divulgou detalhes adicionais sobre as circunstâncias da entrega. Quando contatado pela reportagem, o advogado de Hasse afirmou desconhecer o paradeiro de seu cliente.

A prisão do pai havia sido decretada pelo Poder Judiciário na sexta-feira (14). Antes do desaparecimento, ele e a filha foram vistos pela última vez em Ilhota, município localizado no Vale do Itajaí, em Santa Catarina.

O caso chegou ao conhecimento das autoridades em 6 de março, quando a delegacia responsável foi comunicada sobre o desaparecimento. Anderson é investigado pelos crimes de sequestro e cárcere privado. Segundo a polícia, ele planejava a fuga com a filha há cerca de três meses.

Detalhes do desaparecimento

De acordo com a Polícia Civil, o último contato com Anderson ocorreu em 1º de março. Ele e a filha foram avistados pela última vez na região do Morro do Baú, em Ilhota, onde um motorista de aplicativo os deixou com malas e instrumentos musicais.

Na ocasião, Anderson informou ao motorista que um amigo o buscaria para seguir até Blumenau, também no Vale do Itajaí. De lá, afirmou que seguiria com colegas de trabalho para Piratuba, no Oeste catarinense, para o feriado de carnaval. A distância entre as cidades é de aproximadamente 350 quilômetros. Entretanto, seus colegas negaram qualquer planejamento para esse passeio.

O desaparecimento foi descoberto em 5 de março, quando Anderson deveria ter deixado a menina na escola para que a mãe a buscasse.

Investigações apontaram que o pai planejou o desaparecimento durante aproximadamente três meses. O motivo estaria relacionado à perda da guarda da filha e à crença de que um familiar teria cometido abuso contra a criança. Essas informações foram obtidas por meio de depoimentos de amigos e familiares, que não acreditavam que ele realmente concretizaria o plano.