Em assembleia realizada na manhã deste domingo (16), o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Fiação e Tecelagem de Brusque, Guabiruba, Botuverá e Nova Trento (Sintrafite) aprovou a pauta da Campanha Salarial 2025. Entre as principais demandas estão o reajuste salarial de 15% para todos os trabalhadores e um piso de R$ 2.500,00.
O encontro, que aconteceu no auditório do sindicato, definiu 52 cláusulas consideradas essenciais para a categoria. "Somos todos nós que vamos representar a categoria na decisão que tomamos hoje nesta casa. Vamos representar também aqueles que não puderam comparecer", afirmou o presidente do Sintrafite, Altair Stofela.
Além do reajuste e do piso, a pauta inclui outras reivindicações importantes como participação nos lucros e resultados, aumento do adicional noturno de 20% para 25% e redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais sem redução salarial.
Os trabalhadores também aprovaram a proposta de benefícios previdenciários com estabilidade de três meses após retorno de licença médica, estabilidade de 30 dias após as férias e redução do tempo de pré-aposentadoria para cinco anos de empresa, que atualmente é de dez anos.
A ampliação da licença-paternidade de 5 para 20 dias, cesta básica no valor de R$ 280,00, licença-maternidade de seis meses, complementação salarial para afastados pelo INSS e participação do sindicato nas eleições da CIPA completam a lista de principais demandas.
Durante a assembleia, trabalhadores relataram a defasagem salarial frente à inflação e ao crescimento das empresas, além das dificuldades impostas pelo alto custo de vida, especialmente com aluguéis, o que tem gerado desmotivação e impactado a produtividade.
"Precisamos da união de todos neste momento de negociação. O sindicato somos todos nós. Só com participação ativa dos trabalhadores é que conseguiremos garantir um reajuste justo", destacou Stofela.
A pauta aprovada será agora apresentada ao sindicato patronal, iniciando o processo de negociação da Convenção Coletiva 2025. A campanha deste ano enfatiza que "Sem trabalhador, não há produção", ressaltando a necessidade de valorização adequada da categoria.