Em uma assembleia, o Brusque Futebol Clube aprovou por unanimidade, na noite desta quinta-feira (30), a criação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e a venda de 90% das ações para uma empresa vinculada ao AFS, clube da primeira divisão portuguesa.
O presidente Danilo Rezini, emocionado, expressou seus sentimentos após 15 anos de gestão. "É um momento difícil. Algo que não imaginávamos, mas necessário para garantir que o Brusque siga vitorioso e seja ainda mais forte", declarou à imprensa.
O acordo prevê um aporte inicial de R$ 6,5 milhões para quitação de dívidas e salários atrasados, além de investimentos mínimos de R$ 20 milhões ao longo dos próximos 10 anos. Um dos principais compromissos é a construção de um Centro de Treinamento, orçado em R$ 10 milhões, que deverá ser concluído em até três anos.
A possibilidade de um novo estádio também está nos planos, condicionada ao recebimento de aproximadamente R$ 17 milhões em ativos que o clube possui junto à Libra, referentes à venda de direitos de imagem. Tanto o CT quanto o eventual estádio serão construídos em Brusque.
A Associação manterá 10% das ações da SAF, e o clube preservará sua identidade, incluindo nome, cores e brasão. Advogados e representantes do empresário Rubens Takano acompanharam a assembleia, mas não concederam entrevistas.
O vice-presidente Carlos Beuting e Rezini pediram paciência à torcida e à comunidade para acolher os novos investidores, afirmando que a atual diretoria já havia feito tudo ao seu alcance pelo clube. Em nota oficial, a diretoria agradeceu a todos os envolvidos na história do clube e às empresas responsáveis pela negociação.