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Casal é condenado por assassinato de menina de 3 anos em Indaial

Júri condena padrasto a 41 anos e mãe a 36 anos de prisão por morte de Isabelly

Por: Redação
04/12/2024 às 07h24 Atualizada em 04/12/2024 às 07h31
Casal é condenado por assassinato de menina de 3 anos em Indaial
Manifestação de familiares na frente do Fórum de Indaial

Na madrugada desta quarta (4), o Tribunal do Júri de Indaial condenou o casal responsável pela morte da menina Isabelly, de 3 anos. Após um julgamento que durou quase 17 horas, o padrasto foi sentenciado a 41 anos e nove meses de reclusão, e a mãe a 36 anos e 11 meses, por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e comunicação falsa de crime.

O caso, que chocou o país, ocorreu em 4 de março, quando a criança foi brutalmente assassinada em sua própria residência no bairro Rio Morto, em Indaial, por não querer comer e fazer menção de chorar. Segundo a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o casal agrediu Isabelly com golpes concentrados na região da cabeça, causando traumatismo cranioencefálico que levou à sua morte.

Horas após o crime, os réus transportaram o corpo da menina em uma mala e o enterraram em uma cova rasa em uma área de mata no bairro João Paulo II. No mesmo dia, noticiaram falsamente o desaparecimento da criança à polícia.

O Promotor de Justiça Thiago Madoenho Bernardes da Silva classificou o júri como "um dos mais emocionantes", destacando a brutalidade do crime cometido pelos próprios responsáveis pela guarda da menina.

Os réus foram condenados com base na Lei Henry Borel, que endurece penas para crimes contra crianças menores de 14 anos no âmbito da violência doméstica. A sentença considerou as qualificadoras de motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

A família paterna de Isabelly esteve presente durante todo o julgamento, usando camisetas com a foto da menina e pedidos de justiça. A avó paterna, Helena, foi uma das mais emocionadas durante o processo.

Foi negado aos réus o direito de recorrer em liberdade, mantendo-se a prisão preventiva decretada em abril, dois dias após o crime.

O caso reforça a importância da proteção de crianças e adolescentes contra a violência doméstica, evidenciando o papel crucial do sistema de justiça na punição de agressores e na defesa dos direitos de jovens e crianças.

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