Santa Catarina enfrenta um surto alarmante de coqueluche em 2024, registrando as primeiras mortes pela doença em uma década. Segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC), dois bebês de dois meses de idade, residentes em Itajaí e Joinville, faleceram em agosto por complicações da doença. Nenhum deles havia recebido a vacina.
O cenário atual preocupa as autoridades sanitárias, com um aumento expressivo de casos: de apenas dois registros em 2023 para 106 em 2024. O Vale do Itajaí concentra o maior número de ocorrências, com 53 casos, seguido pela Grande Florianópolis, com 21.
A coqueluche é uma infecção respiratória aguda e altamente contagiosa, causada pela bactéria Bordetella pertussis. A doença, que afeta principalmente a traqueia e os brônquios, pode se estender por até dez semanas e apresenta maior risco para bebês que ainda não completaram o esquema vacinal.
Os sintomas evoluem em três estágios: inicialmente assemelham-se a um resfriado comum, progredindo para uma tosse mais intensa no estágio intermediário, até atingir uma fase crítica com tosse severa, que pode causar dificuldade respiratória e vômitos.
A prevenção mais eficaz é a vacinação, disponível gratuitamente pelo SUS. A vacina pentavalente deve ser administrada em três doses (aos dois, quatro e seis meses de vida), com intervalos de 60 dias. O tratamento, quando necessário, inclui antibióticos e, em casos graves, pode exigir hospitalização.
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