Luizinho Vieira foi demitido do Brusque com apenas três vitórias em vinte partidas. Por muito menos ele já seria demitido em outro clube, mas a diretoria quadricolor é conhecida por ser mais "demorada" para tomar tais atitudes. A relação do clube estava tão desgastada ao ponto de já criar atritos além do aceitável com a imprensa e as suas escolhas em campo já não davam mais pra entender. O time está há tempo jogando "por uma bola', não há ofensividade, e a disposição do time é muito questionável. Contra o Santos, ele botou González, o 10 do time, pra jogar grudado na direita. Por mais que ele tenha negado isso, o mapa de calor do atleta no jogo denuncia isso.
É bom dizer que Vieira era sonho antigo da diretoria. Quando Luizinho Lopes caiu, a gente sabia que ele seria a primeira opção, tanto que ele acertou no mesmo dia a sua vinda. O problema é que a desculpas eram as mesmas: quando questionado sobre a falta de gols marcados, ele devovia dizendo que o time não tomava gol. Quando perguntado sobre futuro, ele dava um jeito de colocar que tudo iria mudar quando o time for jogar no Augusto Bauer. Pode até mudar, mas isso não pode ser usado como muleta. O time não tem como esperar jogar em casa para mudar. Teve tempo e vários jogos pra isso.
Antes de falar do futuro, quero dizer aqui que a diretoria também não escapa de crítica: se, por um lado, vejo que acertou em trazer os uruguaios, errou feio ao insistir na contratação de Osman e em trazer um volante da Série D e um atacante que fez apenas um gol no rebaixado Aparecidense.
A situação é difícil, mas não é irreversível. Dos times que estão na parte de baixo da tabela, o Brusque terá confronto em casa com todos, menos o Paysandu. Não vejo tanta diferença técnica assim em jogar na grama sintética, mas é a esperança onde muitos se agarram. O Brusque retornará ao caminho das vitórias se simplificar o modo de jogar e ganhar força ofensiva, que hoje inexiste. Esse é o principal desafio do novo treinador que chegará nesta semana.