De uma forma bastante rápida, o técnico Umberto Louzer resolveu aceitar uma proposta financeira vantajosa para largar um time em situação tranquila para assumir um barco pegando fogo. Enquanto a Chape lidera o Catarinense com tranquilidade e já está na terceira fase da Copa do Brasil, o clube de Recife foi o lanterna da Copa do Nordeste, caiu mais uma vez na primeira fase da Copa do Brasil, desta vez para o Juazeirense, e vive uma pressão enorme, tendo passado recentemente por um cansativo processo eleitoral. Ele resolveu ir, e a Chape tem uma escolha difícil pra fazer.
Difícil porque Louzer pegou o time de Hemerson Maria no ano passado e arrumou a casa: hoje, o time da Chape é organizado em campo, bem estruturado no setor defensivo, com uma jogada forte nas transições e boas opções ofensivas. E por que a escolha é difícil? É necessário que o clube busque alguém que tenha como visão de jogo algo que vá no mesmo caminho. De repente, o auxiliar Felipe Endres, único que não deixou o clube e virou auxiliar permanente, tenha essa visão.
Trazer um técnico que, por exemplo, exagere na reatividade ou atire demais o time pra cima, significa entrar em risco, desmoronando um trabalho tão bem feito e que tem garantido esse mar tranquilo. Tendo no auxiliar uma solução de continuidade, ainda que possivelmente temporária para as finais do estadual, dá tempo para que a diretoria possa procurar outro treinador (se assim quiser), com mais calma.
O segredo aqui é manter o que está dando certo e melhorar o que tem que ser melhorado. Problema é que tem muito treinador que não gosta disso e não hesita em desmontar algo que funcione para implantar sua filosofia. Vamos aguardar os próximos passos.