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Rodrigo Santos: O que o Brusque espera para a Série B

Clube mapeia mais de 30 atletas para dar corpo ao elenco para o Brasileirão

Por: Redação
10/04/2021 às 11h55 Atualizada em 10/04/2021 às 12h15
Rodrigo Santos: O que o Brusque espera para a Série B
Foto: Lucas Cardoso / BFC

O Brusque está firme na observação do mercado para a Série B. A diretoria tem consciência de que o time atual precisa ser reforçado, não só por causa da exigência técnica, bem como a necessidade de ter um plantel maior para a maratona de 38 rodadas em seis meses. Tive uma conversa na rádio com o vice-presidente/diretor de futebol Carlos Beuting que deixou o horizonte mais aberto sobre o que o clube pensa pra Série B.

Primeiro, as situações pontuais do elenco. O time tem três jogadores com contrato encerrando no Estadual, os três no ataque: Andrew, que se mostrou muito voluntarioso mas ainda pode mostrar mais, Bruno Mota, pertencente ao Ituano, que me decepcionou bastante, e Junior Pirambu, vice-artilheiro do time mesmo com a falta de uma forma física ideal. Aqui, a situação é mais delicada, pois ele vem emprestado do Londrina e, obviamente, um bom desempenho dele no catarinense pode dificultar uma permanência para o Brasileiro.

Também tem a situação do goleiro Dalberson, que veio ao Brusque com o clube já sabendo que ele tinha contrato assinado com o futebol suíço no meio do ano. Em troca, o Brusque recebeu 10% de uma possível venda. Teoricamente o clube teria que ir atrás de outro goleiro, mas há uma outra situação: o time suíço pode ter que abrir mão dele por causa da cota de jogadores estrangeiros. O Bruscão vai tentar.

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Vamos às novidades: o clube terá dois jogadores anunciados até o dia 22, fim do prazo de inscrição para o Estadual. A ideia já é reforçar o time para o mata-mata e, de quebra, achar um jogador pra vaga de Marco Antonio, fora da temporada por lesão. Serão reforços para o ataque. Fora isso, o Brusque monitora cerca de 30 jogadores de todo o país para encaminhar acerto. Destes, dois ou três estão jogando o Estadual. Há interesse em Davi Lopes, meia do Joinville, que possui vínculo até o final do ano na Manchester, mas com cláusula de liberação para Séries A ou B, e que recebe um salário dentro do que o clube pensa em pagar.

Outro problema atende pelo nome de Edu: o artilheiro tem contrato encerrando no final de abril e a negociação acontece. O Brusque vê dificuldades, até diante do que pode aparecer de oportunidade pra ele no mercado, e o fato de ter que negociar com o empresário Eduardo Uram, que tem portas abertas em todos os clubes do Brasil e em muitos locais do exterior. Não é certa a sua permanência, mas a possibilidade é bem considerável. Além do mais, o Brusque sabe que vai ter que dar uns "tiros" mais altos para fechar a qualificação do time. Necessariamente, isso não quer dizer estourar um teto salarial, mas trabalhar na negociação de tempo de contrato, multa rescisória e diluição do valor de luvas.

Tenho dito já há algum tempo que a situação do Brusque para a Série B é de necessidade de reforços sim, mas ao mesmo tempo é confortável. O time atual, que tem base formada há tempo, não é pior que, citando exemplos, o Avaí, o Brasil de Pelotas e o Confiança, só pra citar três. Vejo um trabalho inteligente da diretoria: faz o mapeamento, negocia bem e algo que é primordial: quer trazer jogadores que venham para se adequar ao esquema usado pelo treinador. De nada vai adiantar trazer um jogador que atua mais parado quando o técnico quer um time que acelere.

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