Vamos separar o jogo em duas partes, antes de tudo: achei que o possível terceiro gol do Concórdia foi mal anulado, como achei que foi pênalti em Thiago Alagoano. A assistente teria marcado impedimento, que simplesmente não dá pra dizer: a transmissão do jogo não tinha câmera na linha de impedimento.
Agora vamos ao que interessa: o Brusque fez um jogo terrível em Concórdia. Podia e tinha que jogar mais. Não fosse o goleiro Ruan Carneiro, o desastre poderia ser maior. O time não conseguia encaixar jogadas no ataque. O Galo do Oeste, marcando bem, conseguia sair com mais perigo pelas alas, e pegou a zaga do Brusque toda bagunçada para abrir o placar. Mereceu vencer por ter sido mais time. O Brusque foi bem aquém do time de Série B que esperamos.
Convenhamos que o time já tava mostrando essa dificuldade de fugir de marcação contra o Metropolitano, onde o gol saiu de um passe sensacional de Nonato para a brilhante conclusão de Thiago Alagoano. Fora isso, teve muitos problemas. Talvez esse seja o principal problema a ser solucionado pelo técnico: a falta de um ataque que consiga ter intensidade nesse início de estadual. Toty pode jogar mais, Airton pode jogar mais, Bruno Mota no comando está devendo, e Thiago Alagoano enfrenta marcação muito forte, faltando uma alternativa pro jogo fluir. Até Marco Antonio sumiu.
De toda forma, estamos longe de fazer terra arrasada. Mas o time tá precisando se ajeitar com os novos jogadores que chegaram. Com o campeonato catarinense parado, o próximo jogo será justamente o da Copa do Brasil, dia 17, contra o perigoso time do Retrô. Ao mesmo tempo que é bom esse período pra treinamentos, a falta de jogos oficiais também preocupa, justamente para testar uma esperada evolução do time.
Perder na terceira rodada, com seis pontos conquistados, não cria crise nenhuma. Mas o time precisa correr pra chegar no ideal.