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Catarinense 2021: Metropolitano

Clube de Blumenau, com futebol terceirizado e jogando em Ibirama, tentará se estabilizar na primeira divisão

Por: Redação
17/02/2021 às 22h53
Catarinense 2021: Metropolitano

CLUBE ATLÉTICO METROPOLITANO
Fundação: 22 de janeiro de 2002
Cores: Verde e Branco
Estádio: Hermann Aichinger (Ibirama, pertence ao Atlético - 4000 pessoas) 
Presidente: Valdair Matias
Técnico: Dyego Coelho
Ranking "BdR" 2020: 11o. Lugar
Catarinense 2020: 3o. colocado da Série B

O Metropolitano volta ao Catarinense de 2021 fazendo valer mais do que nunca a velha frase "como é difícil fazer futebol em Blumenau". O clube tomou um pontapé no traseiro do Sesi ao fim do Estadual de 2019 e teve que mandar seus jogos da Série B do ano passado no estádio da Baixada, em Ibirama, que fica a mais de uma hora de Blumenau, no trânsito complicado da BR-470. Veio o acesso, o gramado tem que ser trocado por força de regulamento, e as máquinas estão lá trabalhando. Enquanto isso, nenhum sinal de estádio na terceira maior cidade de Santa Catarina. Pra piorar, o clube tem problemas sérios de caixa. O empresariado da cidade pouco aderiu, e a diretoria comandada pelo presidente Valdair Matias acabou amarrando um acordo com a empresa comandada pelo ex-lateral André Santos, que hoje manda no futebol do clube. Ele é responsável por trazer os jogadores e comissão técnica, e botar o time pra jogar. É necessário dizer que o planejamento começou bem errado pra esse ano: o time vai estrear no catarinense com menos de duas semanas de treinamento. Altamente preocupante.

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Vamos ao time: o Metrô teve o ex-volante Eduardo Costa como treinador na segundona. Lá, o time acabou conseguindo o acesso por exatamente um gol de diferença para o Barra. Virou o ano, Eduardo não ficou, e a opção de André Santos foi surpreendente e entra muito naquela questão do "rolê aleatório". A escolha verde recaiu sobre Dyego Coelho, 37 anos, ex-lateral direito do Corinthians e Atlético-MG. Como treinador, passou um bom tempo nas divisões de base do Timão até ter uma oportunidade para ser interino do time principal em 2019, após a demissão de Fábio Carille, e no ano passado, após a saída de Tiago Nunes. Agora, Coelho busca um voo solo (e logo em um time verde). Vai ser um desafio e tanto para o agora técnico estreante como efetivo.

O plantel não tem muitas surpresas. Confesso que esperava que André Santos levasse para Blumenau um time com muitas novidades. No fim, tem muita gente conhecida nossa, como os atacantes Daniel Bahia e Jonatha, vindos do Carlos Renaux, o meia Berg, ex-Joinville, o goleiro Dida, campeão da Série D pelo Brusque, o volante Roberto, outro ex-JEC, e até uma presença internacional: o atacante Ebere, de 22 anos, que foi campeão mundial sub-17 pela seleção da Nigéria. Mas ele não vem de clube grande: estava jogando a segundona de SC no Fluminense de Joinville. O último reforço foi o meia Eduardo Meurer, 21 anos, vindo do Atlético Tubarão.

Confesso que esperava mais do Metropolitano, até pelo fato da gestão de André Santos, uma pessoa com contatos e que poderia montar um time forte. Mas, analisando o plantel, não dá pra dizer isso. É um time basicamente jovem, com algumas peças mais experientes, mas que não empolgam. É compreensível: imagine você ter que jogar todas as partidas longe de casa, e isso implica em mais despesa e problemas com faturamento. O Metrô vai, mais uma vez, brigar pra não cair. E não é só por causa do elenco: é inaceitável um time profissional começar a treinar tão em cima da estreia.

 

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