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Os erros que penduraram o Figueirense no precipício

Clube flertou com o rebaixamento por anos. Dessa vez, em um jogo com final maluco, o destino ficou praticamente selado

Por: Redação
22/01/2021 às 18h50 Atualizada em 22/01/2021 às 19h34
Os erros que penduraram o Figueirense no precipício

Um rebaixamento não se define por um jogo. Ainda mais em um campeonato de pontos corridos. Mas essa partida que praticamente selou a queda do Figueirense pra Série C teve alguns "sintomas" desse time sem talento e cabeça, que merecidamente vai para a terceira divisão. Depois de ganhar de presente da arbitragem um gol absurdamente irregular, não teve cabeça pra se concentrar. A falta de um espírito de garra fez o time pensar "tá, tamos ganhando... e agora?", que a defesa parecia de final de pelada. Uma falha bisonha de Rodolfo, e uma bobeada numa bola de escanteio no fim da partida onde literalmente todo mundo tinha que ficar ligado e ir pra bola. Só Alemão saiu do chão. Daquelas derrotas que vão pra história, tamanha a falta de qualidade e concentração do time.

O rebaixamento para a Série C não está confirmado, mas está encaminhado. Parabéns a Paulo Prisco Paraíso, parabéns a Norton Boppré, e parabéns a quem vendeu que essa nova gestao seria a salvação do clube. Não foi. Não veio dinheiro, o planejamento foi ruim, a insistência em Elano, e total falta de conhecimento no comando do futebol, mandando e desmandando com total autonomia. Olha no que deu.

O Figueirense briga contra o rebaixamento há tempo. No ano passado, se manteve na B empurrado pela sua torcida, no meio da maior crise enfrentada pelo clube, que ficou destroçado. Neste ano não aprendeu a lição. O aviso tinha sido dado lá naquela goleada tomada em casa pro Juventus de Jaraguá. Não foi ouvido. O time seguiu solto, trazendo jogadores a esmo, muitos encostados e sem uso em clubes maiores. Podia dar certo? Podia. Mas a chance de dar errado era maior.

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O clube entra em um buraco que vai forçar um planejamento decente, sob pena de coisa muito pior, como aconteceu em Joinville. A Série C, pra início de conversa, não paga um real sequer de direitos de transmissão para os clubes. O DAZN paga para a CBF custear a logística, e não repassa pras equipes. De saída, são R$ 6 milhões a menos no caixa para 2021. Depois, o grupo vai ser complicado, com Criciúma, Paraná, cinco clubes paulistas, o Ypiranga e o São José de Porto Alegre. Calendário menor, com 18 partidas na primeira fase, com apenas quatro classificando. É ruim de venda, ruim de exposição, é deficitário. O Figueira vai ter que aprender na marra a se organizar. Corrigindo, vai ter que revolucionar.

O momento é de tristeza, mas não tem tempo pra pensar. Final de maio tem Brasileirão, e quando cair a ficha que o time vai ter que pegar o busão pra enfrentar o Ypiranga em Erechim, todos vão ver qual é a realidade.

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