“O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele”. (Immanuel Kant)
EDUCAÇÃO: AGORA VAI?
Mais um ministro da Educação foi anunciado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. Mas quanto tempo resistirá o professor Milton Ribeiro? Ligado ao setor privado, não podemos indicar que o novo ministro terá caminho suave. Sua falta de experiência na esfera pública e a instabilidade na base do próprio presidente são indícios de que Milton Ribeiro terá obstáculos dentro do governo.
FORA DO BOLSONARISMO
O novo ministro terá que reconstruir as pontes destruídas pelos seus antecessores, Ricardo Vélez Rodrigues e Abraham Weintraub, com as esferas estadual e municipal e com a sociedade civil organizada, que pressiona o governo brasileiro por resultados concretos na educação.
O GRANDE DESAFIO
Será liderar a retomada das atividades educacionais no País. Acredito que o MEC (Ministério da Educação) deve finalmente reconhecer que 2020 foi ano perdido e flexibilizar os currículos, para que os impactos da pandemia na aprendizagem dos alunos não aprofundem a desigualdade.
CAMINHAR NESSE SENTIDO SIGNIFICA
Liderar diagnóstico profundo, construir metas coerentes e desenhar calendário que considere 2020 e 2021 como único ciclo de aprendizagem para o desenvolvimento de trabalho de recuperação que apresente resultados concretos. Isso significa, também, discutir o cancelamento do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), para que todos tenham as mesmas condições de largada no processo de ingresso no ensino superior.
EM PARALELO, A NOVA GESTÃO
Enfrentará alguns fatores de sucesso interdependentes entre si. Além do processo de retomada, a postura frente à ‘cruzada ideológica’, travada pela Presidência da República, será fator determinante do seu sucesso ou fracasso. Porém, sendo bem realista, esse é cenário, infelizmente, pouco provável sob a influência de presidente que já demonstrou não valorizar opiniões pautadas em dados e evidências científicas.
ALÉM DISSO, O MEC
Deverá ser conduzido visando resultados práticos. Em quase dois anos de governo Bolsonaro, o Brasil tem seus índices de aprendizado estagnados e assiste a Estados e municípios agonizarem à espera de mais recursos.
A APROVAÇÃO DE NOVO FUNDO
De Desenvolvimento da Educação Básica, o Fundeb, mais equitativo e justo, em discussão no Congresso Nacional, deve ser a prioridade. Sem esse impulso, como pensar em novas tecnologias e política de qualidade no ensino? Mesmo diante de horizonte de expectativa sem esperança de que tudo isso aconteça, desejo sucesso ao novo ministro. Agora vai?
DIFERENCIAIS CATARINENSES
Santa Catarina é reconhecida internacionalmente pela qualidade do seu agronegócio e o cuidado com a saúde animal e vegetal. É o único estado brasileiro reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa sem vacinação e área livre de peste suína clássica. Na área vegetal, o estado é livre de Cydia pomonella, considerada o pior inseto praga da fruticultura, e também do Moko da Bananeira.
CRESCIMENTO MESMO EM MEIO À PANDEMIA
O crescimento nas exportações traz mais tranquilidade ao setor produtivo catarinense e deve equilibrar a queda na demanda interna em decorrência da crise econômica gerada pela Covid-19. O gerente executivo do Sindicato das Indústrias de Carnes (Sindicarnes-SC), Jorge Luiz de Lima, ressalta que os resultados do primeiro semestre deste ano trazem uma perspectiva de crescimento após a pandemia, com melhoria de mercado e aumento nas vendas externas.