“Aos poucos as coisas vão se ajeitando e tudo volta ao normal; pois não há mal que resista a um bom e firme propósito”. (Di Castilho).
O NOVO NORMAL
A retomada de algumas atividades num momento crítico da pandemia deve ser feita com critérios que atendem às demandas de todos os setores. O Brasil já tem quase 52 mil vítimas fatais da pandemia e o número de infectados, graças à subnotificação, é bem aquém da realidade. Alguns especialistas admitem que os dados são oito vezes maiores do que os que são divulgados pelas instâncias oficiais.
E NÃO SE TRATA DE MÁ-FÉ
Como alguns argumentam, para burlar dados, mas pela própria incapacidade do Estado, e aí se fala em todos os níveis, de verificar o grau de infecção da população. Isso só é possível com testagem, dado que se tornou um problema não apenas por razões estruturais, mas também financeiras. Os testes mais seguros, como o PCR, têm um custo impeditivo, que aumentou ao curso da pandemia.
PAÍSES QUE INVESTIRAM NA TESTAGEM
Como Coreia e Alemanha, para ficar nestes dois exemplos, já têm um perfil da doença e podem, com segurança, tomar medidas de abertura de suas atividades diferentemente de outros países que assim também o fazem, mas sem qualquer segurança, fruto da justificada pressão do setor produtivo e, principalmente, pelo comportamento da própria comunidade, que não segue regras e povoa as ruas como se nada estivesse acontecendo. Além disso, há falhas em regras, que permitem a abertura de alguns segmentos em detrimento de outros.
A RETOMADA DE VÁRIAS ATIVIDADES
Num momento em que a Covid-19 tem números críticos, especialmente nas cidades do interior, soa como um contrassenso com respaldo de várias instâncias de poder. No Rio de Janeiro, o Campeonato Carioca tem rodada no domingo sem a presença de público e, segundo os organizadores, cercada de todos os cuidados. Em Chapecó decreto Nº. 39.042, que fica autorizada, a partir de 23 de junho de 2020 a realização de atividades de treino em equipe, com bola e sem bola, do esporte profissional no território do município de Chapecó.
OS PREFEITOS
Que acabam ficando à frente das decisões, por conhecerem o problema de perto, precisam avaliar com critério a situação de seus municípios. Cidades-polo, como Chapecó buscam alternativas para o Covid-19 que ontem chegou a 2.611 casos confirmados. A Secretaria da Saúde quer saber quem já tem anticorpos. A pesquisa fará testes em 2.322 chapecoenses ao longo de 6 semanas.
COM O OBJETIVO
De descobrir a porcentagem da população chapecoense que já tem anticorpos contra o coronavírus, os técnicos da saúde de Chapecó irão realizar uma pesquisa. Será mais uma ação para o combate à pandemia de coronavírus, realizada em parceria com a Secretaria de Saúde de Chapecó, cursos de medicina da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e Universidade Comunitária da Região de Chapecó (UNOCHAPECO).
É UMA PESQUISA CIENTÍFICA
Que fará testes rápidos para detecção de anticorpos contra de coronavírus em indivíduos sorteados por todos os bairros do município. A pesquisa fará testes em 2.322 chapecoenses ao longo de 6 semanas, sorteando 387 pessoas por semana. A atividade iniciou ontem, na quarta-feira.
EXPORTAÇÕES DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO
Tiveram recorde no acumulado de janeiro a maio de 2020 e fecharam em US$ 42 bilhões, o maior valor já registrado para os primeiros cinco meses do ano. O resultado representa uma alta de 7,9% em relação ao mesmo período de 2019, segundo dados do Ministério da Economia compilados pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
DESEMPENHO MENSAL RECORDE
Ainda de acordo com a CNA, o mês de maio também foi de recorde tanto para as exportações do agro, com receita de US$ 10,9 bilhões (alta de 17,9% na comparação com maio de 2019), quanto para o saldo comercial, que teve superávit de US$ 10,1 bilhões. Em volume, as vendas externas foram de 24,8 milhões de toneladas, volume 34,1% superior ao de maio do ano passado.