“O conhecimento passou a ser o principal fator de produção e geração de riquezas”. (Bill Gates)
AGRICULTURA NO BRASIL ATUAL
O campo brasileiro pisa no acelerador. A soja, o principal produto de exportação do país, está passando por um momento de bonança com uma colheita que está prestes a alcançar um nível recorde. Mais de 126 milhões de toneladas do grão terão sido colhidas no Brasil no final da temporada 2019-2020 (que termina em agosto), 7,6% a mais que na safra anterior, segundo estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
O BRASIL QUE PRODUZ
O Brasil conseguirá chegar à primeira posição na tabela entre os principais produtores do planeta, substituindo os Estados Unidos, cujos agricultores reduziram suas plantações por causa da guerra comercial com a China, principal consumidor da leguminosa, com 30% da demanda mundial e as intensas chuvas registradas no ano passado. Seremos um protagonista mundial por muitos anos. A produção agrícola no Brasil, portanto, é uma das principais responsáveis pelos valores da balança comercial do país.
A MODERNIZAÇÃO DA AGRICULTURA
Está diretamente associada ao processo de industrialização ocorrido no país, fator que foi responsável por uma reconfiguração no espaço geográfico e na divisão territorial do Brasil. O avanço das indústrias, o crescimento do setor terciário e a aceleração do processo de urbanização colocaram o campo economicamente subordinado à cidade, tornando-o dependente das técnicas e produções industriais (máquinas, equipamentos, defensivos agrícolas etc.).
COMPLEXOS AGRÍCOLAS
Podemos dizer que a principal marca da agricultura no Brasil atual – e também, por extensão, a pecuária – é a formação dos complexos agrícolas, notadamente desenvolvidos nas regiões que englobam os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Nesse contexto, destacam-se a produção de soja, a carne para exportação e também a cana-de-açúcar, em razão do aumento da necessidade nacional e internacional por etanol.
NA REGIÃO SUL DO PAÍS
A produção agrícola é caracterizada pela ocupação histórica de grupos imigrantes europeus, pela expansão da soja voltada para a exportação nos últimos decênios e pela intensiva modernização agrícola. Essa configuração é preponderante no oeste do Paraná e de Santa Catarina, além do norte do Rio Grande do sul. Além da soja, cultivam-se também, em larga escala, o milho, a cana-de-açúcar e o algodão. Na pecuária, a maior parte da produção é a de carne de suínos e de aves.
A SANIDADE AGROPECUÁRIA
É o grande diferencial de Santa Catarina. O Estado se mantém como única zona livre de febre aftosa sem vacinação do Brasil, além de zona livre de peste suína clássica, reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal. O status sanitário diferenciado garante o acesso aos mercados mais exigentes.
SANTA CATARINA
Volta a ocupar o primeiro lugar no ranking brasileiro de exportações de carne de frango. Também é o maior produtor nacional de suínos, responde por 39% de todo faturamento gerado com os embarques de carne de frango no país em 2019. Até Maio deste ano o agronegócio catarinense já embarcou 626,9 mil ton. gerando receitas de US$ 1,08 bilhão. Esta evolução permitiu a obtenção de proteína animal nobre, de alto valor nutritivo e a custo baixo, a partir de uma alimentação a base de proteína vegetal, soja e carboidrato, milho.
SEM HORMÔNIOS
É importante assinalar que ao contrário da crendice popular, na criação de frango ou de qualquer outra ave seja, para corte ou postura, em nenhum momento é utilizada a adição de anabolizantes (hormônios), quer através da ração quer injetado e por dois motivos facilmente explicáveis. O uso de hormônio para engorda de animais no Brasil está oficialmente proibido há muitos anos.